O EDUCADOR DA FÉ

Catequista: o educador da fé


Atualmente há variadas formas de uma pessoa exercer uma profissão. A cada cargo são atribuídos alguns tipos de funções. Para o médico, o essencial é salvar seus semelhantes, assim como para os bombeiros e salva-vidas. Para o comerciante, o principal é conquistar sua clientela e vender seus produtos pelo melhor preço. Para o professor, o que mais importa é muito mais do que formar futuros profissionais. A sociedade se esqueceu dos queridos professores...

Os professores, que corretamente podem ser chamados de educadores, além de formarem pessoas para o exercício de futuras profissões, possuem as mais belas tarefas do mundo: eles ensinam, educam, doam seus preciosos segundos passando seus conhecimentos para os que ainda não os têm. Enobrecem o intelecto humano e, se realmente amarem sua profissão e seus alunos, marcarão as vidas dos mesmos de uma forma tão forte que jamais serão esquecidos.

Entretanto, mesmo sendo merecedores da ocupação dos mais altos patamares sociais, os pobres mestres foram esquecidos e colocados por último dentro da escala de profissões. Quem possui a profissão mais digna? O juiz de Direito, que condena o que não foi bem educado, ou o professor, que educa para que alguém não seja condenado? Não há, a preocupação de dignificar os professores, para que possam ajudar a prevenir a marginalização, mas tão somente a preocupação de curar pessoas que por muitas vezes são incuráveis socialmente. Com certeza a educação é a maior vacina contra a marginalidade.

Contudo, a pergunta que não quer calar até o presente momento da leitura é a seguinte: afinal, o que tudo isso tem a ver com o Catequista? E a resposta vos saltará aos olhos se tomar em consideração que os mesmos são, ainda que com poucas diferenças, professores, da mesma forma que os profissionais da área. Dentre as principais diferenças entre tais vocações, duas se destacam: o catequista não é um trabalhador assalariado; e o mesmo, dá aula em um outro tipo de instituição. Essa é a “escola da fé”, onde havemos de tomar como o maior precursor, Jesus Cristo de Nazaré. Suas escolas foram a vida, o mundo, e o coração de cada ser humano que por ele foi curado, evangelizado e se transformado numa nova pessoa. Jesus exerceu Sua “profissão” de evangelizador no local mais importante que existe. O Salvador entrou nos recônditos dos corações de cada ser humano, e fez de lá Sua sala de aula, a Sua Catequese.

Para os atuais catequistas, deve haver sempre em mente o que Jesus fez para evangelizar, como agia diante das dificuldades, e o quão maravilhoso ser que foi em sua vida terrena. Não deixem de amar seus aprendizes e enxergar em cada face, a face de Cristo. Se tu amares teus catequisandos e da mesma forma, a vocação que exerce, o caminho já estará 50% percorrido. Os outros 50% dependem de tua dedicação, esforço e acima de tudo: estudo e oração. De nada vale para o catequista ser um “mestre” da retórica e da dialética, ter a capacidade de falar e se expressar como ninguém, mas em seus momentos de maior intimidade, de maior silêncio, não silenciar o coração para ouvir o que Deus tem a falar, e não se preparar para evangelizar da melhor forma possível. Esse é um grande mérito que deve acompanhar a vida dos educadores da fé.

Sejais o diferencial no mundo, pois de iguais este planeta já está cheio. Em pequenos detalhes, há grandes possibilidades de fazer diferente, de ensinar de uma forma melhor que a tradicional técnica utilizada no dia-a-dia das escolas. Tente ser um excelente contador de histórias, e aproxime tua realidade, a tua história de vida com a dos educandos. Eles assim verão que, em frente a eles, existem seres humanos com histórias magníficas, com exemplos de vida a serem pregados e marcados em cada pequeno coração ouvinte, e o aprendizado será ampliado naturalmente. E acima de tudo. Ame a Deus, Jesus e a Maria, e ensine esse amor a cada um deles. É muito bom amar a esses três. Eles nunca nos abandonarão e farão de nossas vidas sempre completas, como ser humano nenhum pode fazer.

Muita força nos pedregosos caminhos da educação da fé!O caminho de Deus é o da porta estreita, mas ao percorrê-lo, é o único que pode proporcionar a alegria eterna.

Abraços,

Carlinhos